Emprego na indústria cai pelo sétimo mês seguido, diz IBGE
12/12/2014
O emprego na indústria brasileira registrou queda de 0,4% em outubro, a sétima seguida, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Frente ao mesmo mês do ano passado, a retração foi ainda maior, de 4,4% - o 37º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e mais intenso desde outubro de 2009, quando o indicador recuou 5,4%.
Com isso, o índice de emprego tem queda de 3% de janeiro a outubro e, em 12 meses, o recuo é de 2,8%.
Frente a outubro de 2013, o contingente de trabalhadores diminuiu nos 14 locais pesquisados, com o principal impacto negativo partindo de São Paulo, onde a queda foi de 5%. O resultado também foi negativo em Minas Gerais (-5%), Nordeste (-3,9%) Rio Grande do Sul (-5,1%), Paraná (-4,5%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-3,4%). Na análise por setores, o recuo foi em 16 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-8,1%), máquinas e equipamentos (-7,3%), alimentos e bebidas (-2,4%), produtos de metal (-7,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,6%), calçados e couro (-8,9%), vestuário (-5,4%), entre outros.
No ano, foram registradas taxas negativas em 13 locais e em 16 dos 18 setores investigados, com o maior impacto negativo vindo também de São Paulo (-4,1%). A única pressão positiva veio de Pernambuco, cujo emprego na indústria subiu 0,6%. Na análise por setores, as contribuições negativas mais relevantes partiram de produtos de metal (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,5%), meios de transporte (-5,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,9%), calçados e couro (-8,0%), vestuário (-3,3%), produtos têxteis (-4,5%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,7%).
Horas de trabalho
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,8% frente a setembro, a sexta taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,1%.
Na comparação com outubro de 2013, o número de horas pagas recuou 5%, a 17ª taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). No índice acumulado dos 10 meses do ano, houve redução de 3,6% frente a igual período do ano anterior. Todos os 14 locais e 15 dos 18 ramos pesquisados apontaram taxas negativas.
As principais influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-8,8%), alimentos e bebidas (-3,0%), meios de transporte (-7,9%), produtos de metal (-9,1%), calçados e couro (-10,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,5%), vestuário (-5,8%), entre outros.
Ainda na comparação com outubro de 2013, São Paulo teve a principal influência negativa (-5,9%). O impacto foi negativo ainda no Nordeste (-5,4%), Minas Gerais (-5,1%), Rio Grande do Sul (-5,3%), Paraná (-4,8%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-3,7%).